Essa é a bandeira das mulheres que perderam familiares assassinados e desaparecidos por agentes do Estado durante a ditadura militar brasileira A iniciativa, organizada pelo Instituto Vladimir Herzogjoga luz sobre a caminhada de 15 mulheres que, até hoje, atuam em busca de esclarecimentos das mortes de seus parentes. O Bolsonaro e uma série de pessoas e de instituições. Durante os anos de chumbo, as mulheres atuaram em diversas frentes na resistência ao regime e na luta por democracia. Hoje, se escuta que o Bolsonaro vai salvar, vai mudar, que ele é um militar. Para ela, a luta por Memória, Verdade e Justiça é como brasa acesa debaixo da cinza. E eles, com 12 anos a menina e 13 anos o menino perderam o pai. Quando a gente entra na luta, a gente acha que vai ser difícil.
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Juliana, filha de Delir Fernandes, e seu primo Alexandre, o caçula de Maria Paula, casaram em um fim de semana de sol, ambos com 15 anos. A noiva, branquinha, de olhos castanhos e cabelos compridos usava um vestido longo, branco, com rendas e fitas brilhantes, feito pela tia Lindacir. Na cabeça, uma coroa de crochê e pingentes de medalhas douradas, perfeitamente encaixada, servia tanto como um acidental de beleza, quanto como uma provação de que ainda era virgem. Depois o primeiro ato sexual, a prometida ainda deve mostrar aos familiares a roupa manchada de sangue. O matrimônio entre integrantes da mesma família é comum para esse grupo de ciganos. Pra ficar bonita? Tem que dar o marido debaixo da terra. Mas é difícil pra acostumar — explica Delir.
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